Família Hylidae
Pererecas

Perereca-do-chaco

Boana raniceps

(Cope, 1862)

Outros nomes: Perereca-quarenta-e-tres

Comum
Cerrado
Áreas Antrópicas
Ocorrência
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez

Boana raniceps é uma perereca de grande porte, corpo esguio e é a espécie mais abundante do grupo albupunctatus. O nome raniceps vem do latim, onde rana significa sapo e ceps se refere à cabeça. Essa espécie é associada principalmente a áreas abertas, mas pode ser encontrada em diversos tipos de habitats, utilizando brejos e lagos naturais ou artificiais, temporários ou permanentes, durante o período das chuvas. Durante a atividade reprodutiva, é comum encontrá-la em lagos e em áreas de pastagem. Boana raniceps tem uma ampla distribuição pela Amazônia e está presente em praticamente todos os biomas brasileiros, exceto nos Pampas. Recentemente, foi registrada também em áreas abertas na Mata Atlântica, no estado de São Paulo. Devido à sua ampla distribuição, é uma espécie bem tolerante a modificações no habitat, sendo encontrada em ambientes antropizados e com populações bem estáveis.

Onde encontrar

Boana raniceps pode ser encontrada em uma variedade de habitats, como brejos e lagos naturais ou artificiais, tanto temporários quanto permanentes, durante o período das chuvas. Durante a reprodução, ela é frequentemente encontrada em lagos e em áreas de pastagem.

Diagnose

A coloração dorsal de Boana raniceps varia de marrom-claro a amarelo-pardo, podendo apresentar faixas transversais irregulares de cor marrom mais escura, também presentes nas coxas e tíbias. Possui uma linha de coloração marrom-escuro que se inicia no focinho e contorna a prega supra-timpânica, além de uma maxila inferior de cor branca. O tímpano é grande, aproximadamente metade do tamanho do olho.

Curiosidades

  1. Abraço entre espécies

    Foi registrado um caso de amplexo entre Boana raniceps e Boana albomarginata. Esse comportamento, embora já conhecido para B. albomarginata, foi uma nova descoberta para B. raniceps. A explicação para esse comportamento está relacionada à formação de grandes agregações de indivíduos maduros de espécies de reprodução explosiva, geralmente após fortes chuvas, o que leva à busca ativa por parceiros e à redução da capacidade dos machos em reconhecer fêmeas coespecíficas. Para mais detalhes, consulte o artigo: Rocha, S. M., Santana, D. O., da Silva, I. R. S., & Faria, R. G. (2015). Interspecific amplexus between Hypsiboas albomarginatus (Spix, 1824) and Hypsiboas raniceps Cope, 1862 (Anura: Hylidae) in northeastern Brazil. Herpetology Notes, 8:213-215.

Bibliografia

  1. Brasileiro, C. A., Lucas, E. M., Oyamaguchi, H. M., Thomé, M. T., & Dixo, M. (2008). Anurans, Northern Tocantins River Basin, states of Tocantins and Maranhão, Brazil. Check List, 4(2), 185-197.

  2. Zina, J., de Sá, F. P., & Prado, C. A. P. (2010). Amphibia, Anura, Hylidae, Hypsiboas raniceps Cope, 1862: Distribution extension. Check list - Journal of species lists and distribution, 6(2), 230-231.

  3. Rocha, S. M., Santana, D. O., da Silva, I. R. S., & Faria, R. G. (2015). Interspecific amplexus between Hypsiboas albomarginatus (Spix, 1824) and Hypsiboas raniceps Cope, 1862 (Anura: Hylidae) in northeastern Brazil. Herpetology Notes, 8, 213-215.

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