É uma espécie de pequeno porte e pertence ao grupo rubicundulus, composto por espécies com padrão dorsal caracterizado por duas listras marrons que se estendem das bordas posteriores das órbitas até quase o meio do corpo, seguidas por uma única tira
Onde encontrar
A espécie pode ser encontrada em áreas abertas, como nascentes, córregos e poças permanentes, geralmente em ambientes de grama alta, acima de 1 metro. Os machos vocalizam entre outubro e fevereiro, sendo mais facilmente observados durante esse período.
Diagnose
É caracterizada pelo pequeno tamanho (17,6-20,9 mm para machos e 20,6-22,6 mm para fêmeas), coloração dorsal esverdeada com duas faixas paralelas e irregulares, de cor marrom, que se iniciam no canto posterior do olho e seguem até o meio do corpo. A cabeça é mais longa que larga, o tímpano é pequeno, porém evidente, e as mãos possuem discos digitais pequenos, com membrana interdigital pouco desenvolvida. Em coleções científicas, os indivíduos preservados apresentam coloração dorsal rosa com as listras marrons, o canto do olho delimitado por uma faixa branca acima e uma faixa marrom abaixo, e flancos com uma faixa marrom dorsolateral.
Curiosidades
-
Amplexo
O
amplexo de D. jimi é do tipo axilar, onde o macho usa as patas dianteiras para segurar a fêmea na região peitoral. O número de ovos varia de 400 a 500 em média. -
Competição entre machos
Machos de D. jimi competem pelos melhores poleiros, realizando uma divisão de habitat entre si. Os indivíduos com melhores condições corporais ocupam os
poleiros mais altos. -
Padrões dorsais
A espécie apresenta uma grande variedade de padrões dorsais, que podem variar entre diferentes localidades. Esses padrões estão ilustrados abaixo, com base no estudo de Napoli M & Caramaschi U. (1999) no artigo "Variation and description of two new Brazilian Hyla of the H. tritaeniata complex (Amphibia, Anura, Hylidae). Boletim do Museu Nacional, 407:1-11".
Referências
-
Pombal Jr, J. P., & Haddah, C. F. B. (2007). Estratégias e modos reprodutivos em anuros. In: Nascimento, L. B., & Oliveira, M. E. Herpetologia no Brasil II. Sociedade Brasileira de Herpetologia, 354.
-
Napoli, M., & Caramaschi, U. (1999). Variation and description of two new Brazilian Hyla of the H. tritaeniata complex (Amphibia, Anura, Hylidae). Boletim do Museu Nacional, 407, 1-11.
-
Kopp, K., Signorelli, L., & Bastos, R. P. (2010). Distribuição temporal e diversidade de modos reprodutivos de anfíbios anuros no Parque Nacional das Emas e entorno, estado de Goiás, Brasil. Iheringia, Série Zoologia, 100(3), 192-200.
-
Juliano, R. (2007). Distribuição espacial e temporal de uma comunidade de anuros do município de Morrinhos, Goiás, Brasil (Amphibia: Anura). Neotropical Biology and Conservation, 2(1), 21-27.
-
Faivovich, J., Haddad, C., Garcia, P. C. A., & Frost, D. (2005). Systematic review of the frog family Hylidae, with special reference to Hylinae: Phylogenetic analysis and taxonomic revision. Bulletin of the American Museum of Natural History.
-
Santoro, G., & Brandão, R. (2014). Reproductive modes, habitat use, and richness of anurans from Chapada dos Veadeiros, central Brazil. North-Western Journal of Zoology, 10(2), 365-373.
