Espécie de tamanho grande quando comparada com as espécies do mesmo grupo. O epíteto específico cultripes vem do latim e refere-se a duas palavras: “faca” ou “lâmina” e “pé” ou “pata”, possivelmente por conta do comportamento da espécie de cavar muito rapidamente quando se sente ameaçada, fazendo movimentos laterais para se esconder. Além disso, a espécie é semi-fossorial e ocupa margens de riachos em ambientes florestais. Há registro de que os machos vocalizam durante as estações seca e chuvosa. Possivelmente, os ovos são depositados no lodo de corpos d’água. O. cultripes é possivelmente associada com florestas semidecíduas, matas de galerias e bordas de floresta, associado a poças temporárias, inclusive artificiais. Indivíduos são encontrados apenas em altitudes maiores que 800 metros. Apesar de ser considerada uma espécie não ameaçada de extinção, o desenvolvimento de infraestrutura e a atividade agrícola têm sido causas para sua perda de habitat.
Onde encontrar
Odontophrynus cultripes é encontrado em áreas de florestas semidecíduas, matas de galerias e bordas de floresta, especialmente em altitudes superiores a 800 metros. A espécie é associada a margens de riachos e poças temporárias, inclusive em ambientes alterados, como poças artificiais. Sua distribuição abrange principalmente áreas no estado de Goiás e outras regiões de cerrado com florestas.
Diagnose
Espécie de porte robusto, possui glândulas paratóides em formato ovóide e glândula tibial em formato elíptico. Indivíduos apresentam a região dorsal coberta ou não com pequenos grânulos.
Referências
- Caramaschi, U. & Napoli, M. F. (2012). Taxonomic revision of the Odontophrynus cultripes species group, with description of a new related species (Anura, Cycloramphidae). Zootaxa, 3155, 1–20.
- Frost, D. R. (2018). Amphibian Species of the World: an Online Reference. Version 6.0 (Date of access). Electronic Database accessible at American Museum of Natural History.
- Giaretta, A. A., Menin, M., Facure, K.G., Kokubum, M. N. & Filho, J. C. O. (2008). 'Species richness, relative abundance, and habitat of reproduction of terrestrial frogs in the Triângulo Mineiro region, Cerrado biome, southeastern Brazil.' Iheringia, 98, 181-188.
- Bastos, R. P., Motta, J. A., Lima, L. P., Guimarães, L. D. (2003). Anfíbios da Floresta Nacional de Silvânia, Estado de Goiás. Stylo Gráfica e Editora, Goiânia, 82p.
