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Sapo-verruga-de-goiás

Proceratophrys goyana

(Miranda-Ribeiro, 1937)

Endêmico do Cerrado Comum

Mata de Galeria

Cerrado

Ocorrência

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Chamado típico

Tamanho médio: 4.3 cm

Uma espécie de pequeno porte, porém robusta, com corpo oval e verrucoso , que lembra um pequeno fusquinha. O epíteto específico faz referência ao local em que a espécie foi descoberta: Goiás. Pode ser encontrada em áreas abertas do bioma Cerrado, a altitudes de 1200 metros, próximas a riachos de leito rochoso, margeados por gramíneas e arbustos. Sua reprodução é prolongada, e os machos emitem vocalizações durante o dia. A espécie é de hábitos diurnos e noturnos, fossoriais e insetívoros. Os machos vocalizam debaixo de folhas, pedras e, às vezes, ficam expostos. A espécie é registrada nas regiões norte e oeste de Goiás e no Distrito Federal. Dentre as principais ameaças à espécie, estão a expansão das fronteiras agropecuárias e a exploração madeireira.

Onde encontrar

A espécie é encontrada em áreas abertas do bioma Cerrado, especialmente em regiões de altitudes elevadas, em torno de 1200 metros. Prefere locais próximos a riachos com leito rochoso e vegetação de gramíneas e arbustos. A reprodução ocorre durante todo o ano, com vocalizações mais frequentes durante o dia.

Diagnose

A espécie pode ser caracterizada pelo corpo ovóide, focinho atarracado, porte robusto e corpo verrucoso . Sua pele é rugosa, com pequenos grânulos. A coloração dorsal de fundo é marrom-claro, com uma crista dorsal margeada externamente por ondulações de cor marrom-escuro. O cordão de grânulos óculo-dorsal é completo e simétrico, com manchas escuras não simétricas nas bordas laterais.

Curiosidades

1. Descoberta histórica!

   Na época do Brasil Colônia, quando a capital era o Rio de Janeiro, o interior do país era pouco conhecido. Um médico, que trabalhava com animais em busca de medicamentos naturais, fez uma viagem até a Chapada dos Veadeiros, região então quase desconhecida. Durante essa viagem, ele encontrou o primeiro Proceratophrys goyana em uma estrada que hoje é conhecida como “estrada velha”, localizada na Fazenda Volta da Serra. Atualmente, a espécie é o símbolo da Fazenda.

Referências

1. Martins, L. B., Giaretta, A. A. 2013. Morphological and acoustic characterization of Proceratophrys goyana (Lissamphibia: Anura: Odontophrynidae), with the description of a sympatric and related new species. Zootaxa 3750: 301–320.

2. Martins, L. B., Giaretta, A. A. 2008. História Natural de uma espécie de Proceratophrys (Anura, Alsodinae) do bioma Cerrado. VII Encontro Interno e XII Seminário de Iniciação Científica da Universidade Federal de Uberlândia.

3. Brandão, R. A., Araújo, A. F. B. 2001. A Herpetofauna Associada às Matas de Galeria no Distrito Federal. In: Ribeiro, J. F., Fonseca, C. E. L. and Sousa-Silva, J. C. (Eds), Caracterização e Recuperação de Matas de Galeria, Planaltina: Embrapa, pp. 561–604.