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Sapo-cururu

Rhinella mirandaribeiroi

(Gallardo, 1965)

Endêmico do Cerrado Pouco comum

Cerrado

Campo Aberto

Áreas Antrópicas

Ocorrência

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Chamado típico

Tamanho médio: 5.6 cm

Rhinella mirandaribeiroi é um sapo de tamanho médio, pertencente ao grupo de espécies relacionadas a Rhinella granulosa, que reúne mais de 12 espécies. O epíteto-específico é uma homenagem ao naturalista brasileiro Alípio de Miranda Ribeiro. Essa espécie já foi registrada vocalizando em diferentes tipos de ambientes, como barragens, solos úmidos, areia fina e áreas alteradas, nos meses de janeiro, fevereiro, setembro e outubro. Apresenta modo reprodutivo tipo 1, em que ovos e girinos são exotróficos e se desenvolvem em corpos d’água lênticos . É uma espécie endêmica do Cerrado, com ocorrência nas planícies e vales de áreas abertas, além de regiões alteradas e zonas de transição entre o Cerrado e a Amazônia (ecótono). Ainda não possui status de ameaça avaliado pela IUCN.

Onde encontrar

Habitante típico de áreas abertas do Cerrado e regiões de transição, especialmente em ambientes úmidos, como margens de barragens e solos encharcados. Costuma vocalizar em ambientes temporários durante os períodos chuvosos.

Diagnose

Essa espécie apresenta narinas proeminentes, cristas muitas vezes granulosas e membros posteriores curtos. Os dedos I e II dos pés são bastante reduzidos. As glândulas paratóides são discretas. Uma linha longitudinal dorsal marca o dorso, variando entre tons de marrom esverdeado e amarelado, enquanto a região ventral é amarelada. A cabeça é alongada, com focinho achatado dorsoventralmente e a região loreal é bem visível quando vista de cima.

Curiosidades

1. Cupinzeiro?

   Um indivíduo da Fazenda Trijunção foi encontrado abrigado dentro de um cupinzeiro (observação pessoal), comportamento pouco usual em sapos.

2. Macho com macho?

   Um macho de Rhinella mirandaribeiroi já foi registrado em amplexo com um macho de Rhinella marina. Isso ocorreu provavelmente devido ao padrão de reprodução explosiva compartilhado por ambas as espécies. Nesses eventos, os machos se tornam extremamente ativos e tentam amplexar qualquer indivíduo, independentemente do sexo ou da espécie. Há também registros de amplexos heteroespecíficos prolongados entre essas duas espécies, como ilustrado na figura abaixo.

Figura retirada do artigo: Sodré, Davidson, et al. (2018) – A case of prolonged amplexus between males of Rhinella mirandaribeiroi and R. marina on Marajó Island, state of Pará, Brazil. Herpetology Notes 11: 127–128. Referências * Narvaes, P., Rodrigues, M. T. (2009). Taxonomic revision of Rhinella granulosa species group (Amphibia, Anura, Bufonidae), with a description of a new species. Arquivos de Zoologia, 40(1)., 1–73.

• Sodré, D., Rocha, T., Rendeiro, F., & Vallinoto, M. (2018). A case of prolonged amplexus between males of Rhinella mirandaribeiroi and R. marina. Herpetology Notes, 11:127–128.

• Gallardo, J. M. (1965). The species Bufo granulosus Spix (Salientia: Bufonidae) and its geographic variation. Bulletin of the Museum of Comparative Zoology, 134, 107–138.