Essa espécie é uma rã de grande porte e possui cinco dedos nas mãos. Pode ser encontrada em formações abertas, próximas a lagos e brejos, naturais ou artificiais, permanentes ou temporários, durante praticamente todo o período chuvoso, sendo menos frequente no restante do ano. Os machos vocalizam próximos aos lagos ou dentro da água e utilizam as margens e touceiras de capim para depositar os ovos em
Onde encontrar
Pode ser encontrada no Cerrado, em áreas abertas ou de vegetação esparsa próximas a corpos d’água, bem como na Caatinga e no Chaco. No Brasil, é comum em estados como Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. Na região da Chapada dos Veadeiros, pode ser observada em áreas abertas próximas a brejos temporários e permanentes, especialmente durante a estação das chuvas.
Diagnose
Possui coloração dorsal que varia do castanho-claro ao marrom-escuro, com diferentes padrões de pontos negros. A maxila superior apresenta manchas escuras triangulares, além de uma linha escura que começa nas narinas, atravessa os olhos e termina atrás do tímpano. Apresenta coloração avermelhada na parte interna das coxas e nos
Curiosidades
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Por que Rã Pimenta?
O nome popular “Rã Pimenta” vem da secreção que a espécie libera quando ameaçada. Essa secreção se transforma em uma espuma que, ao entrar em contato com mucosas ou cortes na pele, causa forte irritação, semelhante ao efeito da pimenta. Em casos mais graves, pode causar efeitos de importância médica.
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Cuidado parental
Existe cuidado parental nessa espécie. Os machos, que apresentam calos nupciais bem desenvolvidos, permanecem próximos ao ninho, contribuindo com a proteção e o sucesso da reprodução.
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Girinos canibais?
Sim! Os girinos desta espécie são canibais oportunistas. Isso significa que quando há escassez de alimento no local do ninho, eles podem se alimentar de irmãos mortos, contribuindo para a sua sobrevivência em ambientes difíceis.
Referências
- Silva, W. R., & Giaretta, A. A. (2008). Further notes on the natural history of the South American pepper frog, Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) (Anura, Leptodactylidae). Brazilian Journal of Biology, 68(2), 403–407.
- Shepard, D. B., & Caldwell, J. P. (2005). From foam to free-living: ecology of larval Leptodactylus labyrinthicus. Copeia, 2005(4), 803–811.
- Prado A. C. P., Uetanabaro M., Haddad C. F. (2002). Description of a new reproductive mode in Leptodactylus (Anura, Leptodactylidae), with a review of the reproductive specialization toward terrestriality in the genus. Copeia, 2002(4), 1128–1133.
- Cardoso, A. J., & Sazima, I. (1977). Batracofagia na fase adulta e larvária da rã-pimenta, Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) - Anura, Leptodactylidae. Ciência e Cultura, 29(10), 1130–1132.
