Essa espécie chama muito a nossa atenção, não é mesmo? Sua coloração verde-limão já é bastante atrativa, mas o principal está nos seus flancos, coxas e braços: uma mistura de coloração preta com vermelho-alaranjada que dá um imenso charme! É um animal de alimentação generalista, com hábito noturno e arborícola. Pode ser encontrada vocalizando em áreas de brejo, poças permanentes ou temporárias, naturais ou artificiais. Os machos cantam em galhos de arbustos e árvores, a uma altura de 0,5 a 2,5 metros, nas bordas de lagoas em áreas de mata. É uma espécie comum e chega a formar grandes grupos durante a época reprodutiva, no início das chuvas. Os ninhos são encontrados em folhas cerca de 1 metro acima da água de pequenas poças, onde os ovos permanecem até os girinos eclodirem. Pode ser encontrada em áreas antropizadas e apresenta grande tolerância à modificação do ambiente. Está amplamente distribuída na América do Sul, especialmente pelo Brasil.
Onde encontrar
A espécie pode ser encontrada em áreas de brejo, poças permanentes ou temporárias, naturais ou artificiais. Vocaliza principalmente nas bordas de lagoas em áreas de mata, em ambientes de vegetação alta. Sua ampla distribuição inclui várias regiões do Brasil.
Diagnose
Esta espécie apresenta um padrão tigrado de coloração preta e vermelho-alaranjada nas faces ocultas dos flancos, nas faces anterior e posterior das coxas e nos braços. A maxila tem uma faixa branca estreita que não atinge a borda da pálpebra. Os dedos internos das mãos são oponíveis aos dedos laterais, adaptados à vida arbórea, e não possuem membrana interdigital. Sua pele dorsal é lisa, enquanto a ventral é rugosa e de coloração branca. Além disso, possui uma larga faixa dorsal verde que se estende por toda a extensão da coxa.
Curiosidades
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Tráfico de animais silvestres
Por ser um animal bastante carismático e colorido, às vezes é encontrado no comércio internacional de animais de estimação, mas em níveis que atualmente não representam uma grande ameaça.
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Indicadores de qualidade de ambiente
As frágeis cabeceiras de riachos de montanha são a moradia desses peculiares e interessantes anfíbios. A presença dessas espécies de Pithecopus nesses locais indica boa qualidade dos habitats e das águas. E, como diria Guimarães Rosa: "perto da água, tudo é feliz." - Fala de Reuber Brandão na reportagem “Pererecas das nascentes”. (https://www.oeco.org.br/colunas/reuber-brandao/23755-pererecas-das-nascentes/)
Referências
- Haga, I. A., Andrade, F. S., Bruschi, D., et al. (2017). Unrevealing the leaf frogs Cerrado diversity: A new species of Pithecopus (Anura, Arboranae, Phyllomedusidae) from Mato Grosso state, Brazil. PLoS ONE, 12(9).
- Conceição, K., Konno, K., Melo, R. L., Antoniazzi, M. M., Jared, C., et al. (2007). Isolation and characterization of a novel bradykinin potentiating peptide (BPP) from the skin secretion of Phyllomedusa hypochondrialis. Peptides, 28(3), 515–523.
- Bruschi, D. P., Busin, C. S., Toledo, L. F., et al. (2013). Evaluation of the taxonomic status of populations assigned to Phyllomedusa hypochondrialis (Anura, Hylidae, Phyllomedusinae) based on molecular, chromosomal, and morphological approaches. BMC Genetics, 14(70).
- Freitas, E. B., De-Carvalho, C. B., Faria, R. G., et al. (2008). Phyllomedusa azurea (Anura: Hylidae, Phyllomedusinae) no Cerrado do Brasil Central. Biota Neotropica, 8(4).
