Família Bufonidae
Sapos verdadeiros

Sapo-cururu

Rhinella diptycha

(Cope, 1862)

Muito comum
Mata de Galeria
Cerrado
Campo Rupestre
Campo Aberto
Áreas Antrópicas
Ocorrência
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez

Esse é o famoso sapo-cururu! Antigamente conhecido como Rhinella schneideri, teve seu nome alterado em 2018, quando os pesquisadores Lavilla e Brusquetti sinonimizaram essa espécie com Bufo diptychus, passando a ser chamado de Rhinella diptycha. Esse sapo é facilmente encontrado em áreas abertas, próximas ou não a corpos d’água. É uma das espécies que mais utiliza ambientes antropizados , sendo comum em áreas urbanas, fazendas e quintais. Possui ampla distribuição pelas regiões abertas da Mata Atlântica, Cerrado e Chaco. Durante a reprodução, os machos vocalizam à beira de corpos d’água, onde os ovos são depositados em longas cordas gelatinosas. Os girinos nascem em grandes quantidades, permanecem em grupos densos e escurecem a água devido à sua coloração preta. Têm corpo ovalado e levemente achatado. Rhinella diptycha é um bufonídeo generalista e se alimenta de uma grande variedade de presas, como artrópodes e até outros anfíbios. No entanto, estudos indicam que sua dieta depende da disponibilidade de alimentos no ambiente. Devido à sua ampla distribuição e boa adaptação a ambientes alterados, não é considerada uma espécie ameaçada. # Onde encontrar Fácil de observar em áreas abertas e modificadas, como pastos, quintais e bordas de matas. Aparece com frequência após chuvas e durante a época reprodutiva, quando forma grandes agregações próximas a poças d’água.

Diagnose

Essa espécie pode atingir tamanhos consideráveis. Distingue-se pelas grandes glândulas paratóides e tibiais , além do corpo coberto por tubérculos . Apresenta cristas cefálicas bem desenvolvidas e coloração que varia do marrom ao cinza-amarelado, podendo ter manchas escuras.

Curiosidades

  1. Um sapo que come acerola?

    Uma fêmea da espécie foi registrada alimentando-se de acerola em uma área urbana de Campo Grande, MG. Embora o consumo de frutos seja geralmente acidental em anuros, esse caso sugere que eles podem ingerir vegetais ativamente para ajudar na digestão, nutrição ou hidratação. (Foto do artigo Severgnini et al., 2020, mostrando a fêmea ingerindo a acerola.)
  2. Potencial medicinal

    Estudos apontam que o veneno de Rhinella diptycha apresenta atividade antimitótica e citotóxica, com potencial para desenvolvimento de compostos anticancerígenos (Abdelfatah et al., 2019).

Referências

  1. Lavilla, E. O., & Brusquetti, F. (2018). On the identity of Bufo diptychus Cope, 1862 (Anura: Bufonidae). Zootaxa, 4442(1), 161–170.

  2. Severgnini, M. R., Moroti, M. T., Pedrozo, M., Ceron, K., & Santana, D. J. (2020). Acerola fruit: An unusual food item for the Cururu toad Rhinella diptycha (Cope, 1862)(Anura: Bufonidae). Herpetology Notes, 13, 7–10.

  3. Abdelfatah, S., Lu, X., Schmeda-Hirschmann, G., & Efferth, T. (2019). Cytotoxicity and antimitotic activity of Rhinella schneideri and Rhinella marina venoms. Journal of Ethnopharmacology, 242, 112049.

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